8.22.2019

Quase 3 meses depois...

Daqui a 4 dias faz 3 meses que estava na sala de parto para conhecer a pessoa que me iria mudar.
É incrível como a tua vida começa a contar a partir daquele dia. Pode parecer estranho mas já não penso na minha vida e no meu tempo a partir do meu aniversário... agora o meu tempo é regido desde aquele dia.

Tudo mudou.
A responsabilidade, os medos e, principalmente, EU mudei!
Sou uma nova pessoa. Quero o melhor para a minha família e já não vejo tantos problemas na vida.
O meu único objetivo é pensar se os planos que antes fazia servem para o meu filho.

Se o trabalho se complicar, se me tentarem pisar, acho que vou simplesmente afastar-me. Já não quero suportar certas coisas. Não preciso de suportar essas coisas...
Só quero estar bem psicologicamente para ser o pilar do meu bebé.

Afinal, não é cliché aquilo que ouves toda a vida. "Quando fores mãe , entenderás... "
Sinto-me completa e feliz.
Continuo com muitos medos, agora diferentes. Medo do dia que se aproxima em que ele irá para a creche (e é já daqui a duas semanas), medo de regressar ao trabalho e perder esta rotina de o ver sorrir todas as manhãs e passarmos horas a brincar.
Medo de o perder...
mas acho que todas as mamãs passam por isso. Há um momento na vida em que tens de voltar a criar rotinas e em que eles têm de caminhar sozinhos e aprender com outras crianças.

Só espero ser capaz de estar à altura e poder ensinar-lhe a ser a melhor pessoa que possa ser.
Sei que estarei sempre aqui enquanto Deus o permitir para cuidar dele.
E isso basta-me.



6.26.2019

1 mês

O meu pequenino tem um mês de vida.
E eu estou assoberbada de cansaço mais também de amor...
Pô-lo a dormir é uma tarefa complicada e não ter saudades dele depois, um enorme desafio.

(cada dia é diferente)

6.01.2019

Amor maior.

faz hoje precisamente uma semana que fui mãe .

Um amor inexplicável, uma dor intensa no coração de cada vez que olho para ele. Não sei como se controla isto, mas também não sei como se vive com isto e como consegui esperar tanto tempo para este momento.
Foi um parto muito difícil... o meu bebé esteve em risco de vida , eu sofri imenso para o ter mas, no fim, tudo valeu a pena.
Amo-o de todo o meu ser e, finalmente, posso dizer que sou completa.

Medo do futuro? Muito.
Mas tenho uma família linda. E para já tento só agradecer...

(acho que as crises de choro e amamentação guardo para outra altura).

5.20.2019

Já nas 40 semanas de gravidez e sem sinal que ele queira sair cá para fora.
Tenho muitos receios , como acho que todas as novas mamãs devem ter... serei capaz de tratar deste ser tão pequenino ?
Por agora só tento acalmar o coração e não pensar no momento do parto.

4.26.2019

agora no início das minhas 37 semanas de gravidez já me encontro em casa de baixa médica e tenho a dizer que finalmente posso relaxar e respirar um bocadinho.
passo o meu tempo a descansar, a comer, a organizar pequenas coisinhas e concentrada no bebé.

my wish? que tudo corra bem e rápido para poder tê-lo aqui connosco.

Mommy is waiting...

4.08.2019

Uma carta de amor para a humanidade

"(...)
Ser feliz é treinar o seu Eu para questionar as próprias verdades e posicionar-se humildemente como um ser humano em construção, um eterno aprendiz, pois, se você for autossuficiente, uma pessoa completa, será estéril, deixará de inovar e de se reinventar como educador, amante, líder, profissional.

Ser feliz é treinar a sua empatia e o seu altruísmo e declarar que, independentemente de cultura, sexo e condição social, somos membros de uma única família: a humanidade. É descobrir que as nossas diferenças estão na ponta do iceberg da nossa mente, pois, na imensa base, somos exatamente iguais. É ter a convicção de que ninguém pode ser chamado de ser humano se não respeitar os diferentes.

Ser feliz é treinar a pacificação da própria mente, não destruindo irresponsavelmente os seus recursos naturais ao sofrer por antecipação, ruminar perdas e mágoas, ter dificuldade em conviver com pessoas lentas, ser viciado em apontar falhas e elevar o tom de voz. Saiba que, antes do planeta Terra falir, primeiro vai à falência o planeta cérebro. 

Ser feliz, livre e saudável é treinar o próprio olhar para ver o encanto nas limitações e nos defeitos dos outros, pois você também é imperfeito, e só não erra quem está morto. É saber que pode conviver com milhares de animais sem sofrer uma desilusão, mas que não escapará às frustrações no convívio com outros seres humanos. É saber que também você frustará as pessoas que mais ama.

Ser feliz é deixar de ser um predador de quem falha, pois, por trás de uma pessoa que fere há uma pessoa ferida. É saber que a maior vingança contra um inimigo é compreendê-lo e perdoá-lo; e o maior favor que lhe pode fazer é odiá-lo, pois ele dormirá consigo e destruirá o seu sono. Só é feliz quem é capaz de fazer os outros felizes. 

Ser feliz é treinar o próprio Eu para saber que ciúme é saudade de si, pois quem tem ciúme exige do outro a atenção que não dá a si próprio, exige que o outro reconheça como ele nunca se reconheceu. Ser feliz é saber que, antes de namorar com alguém, você precisa de namorar com a sua vida. Se ninguém lhe der flores, vá à florista e compre-as para si. 

Ser feliz, livre e saudável é reconhecer que ao longo da História, atirámos pedras à parte mais generosa da humanidade, as mulheres. É entender que ainda hoje as apedrejamos com o padrão tirânico de beleza com salários inferiores pelas mesmas atividades. Ser feliz é saber que as mulheres são os diamantes da humanidade. Se elas dominassem o mundo, haveria menos guerras, pois não teriam coragem de enviar os próprios filhos para os campos de batalha. 

Ser feliz é ter convicção de que os tesouros da humanidade não são as empresas, o petróleo, o ouro, mas as nossas crianças. É ser contra o assassínio coletivo da infância. Elas têm tempo para tudo, menos para ter infância. É não as intoxicar digitalmente nem com excesso de atividades, pois o génio de hoje, tornar-se-á o adolescente ansioso de amanhã. É não dar drogas de obediência a quem tem a síndrome do pensamento acelerado mas não é hiperativo - e apenas um por cento o são. É saber que o melhor medicamento é o seu tempo; tempo para brincar, ser palhaço, contador de histórias, ser um herói imperfeito.

Ser feliz é treinar a sensibilidade para compreender que a vida é assombrosamente breve para se viver e dramaticamente longa para se errar. Ser feliz não é estar alegre em todos os momentos, mas usar a ansiedade para nutrir a tranquilidade, as vaias para irrigar a coragem e as derrotas para dar musculatura à capacidade de se reinventar.

Ser feliz não é apenas festejar aniversários e datas importantes, mas festejar diariamente a existência de quem amamos. É dizer aos filhos: "És insubstituível, obrigado por existires!" É declarar aos pais: "Sem vocês, o meu céu não teria estrelas." É confessar ao ser amado: "De todas as coisas que conquistei na vida, tu és a melhor delas." Ser feliz é ser um engenheiro de janelas light nos solos do inconsciente de quem amamos.

Portanto, ser feliz, livre, saudável, não é uma fatalidade do destino, mas uma questão de treino, é aprender a perder o trivial para conquistar o essencial. É atravessar desertos fora de si, mas conseguir conquistar o oásis por dentro. É ter maturidade para perguntar: "Onde é que eu errei sem saber?" É ter sabedoria para dizer: "Desculpa, dá-me mais uma oportunidade." E, acima de tudo, é nunca desistir da vida, mesmo que desistam de si. É saber que a sua paz vale ouro e que o resto é insignificante. 

Que você conquiste todos os dias uma felicidade sustentável e treine para ser livre mentalmente e saudável emocionalmente. Se treinar, não tenha medo de falhar; se falhar, não tenha medo de chorar; se chorar, corrija as suas rotas, mas não desista, dê sempre uma nova oportunidade a si próprio. Que nas suas primaveras emocionais, você seja amante da alegria e, nos seus invernos existenciais, seja amigo da sabedoria. 

Nunca desista de ser feliz. Lute sempre pelos seus sonhos. Seja profundamente apaixonado pela vida, pois, apesar dos seus defeitos, a sua vida é um espetáculo único, imperdível e irrepetível."

Augusto Cury - "O homem mais feliz da história"

3.19.2019

re(nascer).

Há muito tempo que não vinha aqui escrever... lembrei-me que este era um cantinho que me servia de escapatória para desabafar sem que ninguém me conhecesse ou se lembrasse de visitar.
Acho que cada vez mais precisamos de espaços assim...
As nossas vidas sempre conectadas, sempre necessitados da aprovação do outro nas redes sociais quando desprezamos as nossas verdadeiras realidades.
Quero viver mais no mundo físico e menos no digital. E vir aqui escrever isto pode parecer um contra-senso mas este local é o único onde posso "gritar" sem que ninguém me julgue. Que não meçam cada sílaba do meu discurso e não tentem interpretar coisas de formas equivocadas...

O ser humano é muito complexo, demasiado crítico e esquece-se facilmente dos próprios defeitos.
Hoje venho aqui desabafar.
Dizer que no trabalho as coisas não correm como eu gostaria desde que engravidei. Que me sinto desacreditada apesar de saber o que valho e que faço bem cada uma das minhas funções.
Sim, é verdade, também tem essa novidade ... estou grávida de 31 semanas (que são quase 8 meses... eu também não entendo nada de semanas) e não tem sido fácil.
O primeiro trimestre foi complicado com direito a muito mal estar e náuseas. A partir do quarto melhorou e agora que entrei quase na reta final começa a ser difícil suportar a grande barriga.
Mas é o meu primeiro filho, um menino que eu já amo muito sem conhecer e que me vai dando força para continuar a lutar e a trabalhar neste mundo tão complicado.

Vou dar-lhe o nome do meu avô paterno que nos deixou quando eu tinha 8 anos e de quem, apesar da curta idade, eu tenho memórias maravilhosas.
Era um homem de muito boa índole, muito culto e generosamente bom. Se o meu filho for assim, tenho a receita perfeita.

Agora o que me assombra é o momento do parto, as dores do pós-parto e amamentação, os choros, o medo de não estar a fazer um bom trabalho e de não conseguir ter sempre dinheiro para tudo.
Quem disse que crescer era bom mentiu-vos! Custa muito ... e sentimo-nos ainda mais impotentes do que quando éramos adolescentes com vontade de mudar o mundo.
Essa vontade guardo-a ainda dentro de mim... Se conseguir mudar aqueles que me rodeiam para que se sintam amados já me vai bastando. Mas a luta continua; e posso afirmar com toda a certeza que não é fácil, NADA!

Quanto ao trabalho, vamos ver o que a vida nos reserva. Espero conseguir mudar este sentimento de vazio, de incompreensão e de não reconhecimento que me persegue... Se isso não for possível, tenho de ganhar coragem para mudar. Se não for por mim, por esta família que cresce.